domingo, 23 de janeiro de 2011

Blogagem Coletiva: Minha Estória de Amor







Blogosfera em Festa, Aniversário do Cantinho She
que propôs a blogagem coletiva:  Conte uma Estória de Amor
E nesse domingão muitas estórias passaram a minha cabeça
para contar aqui , e comecei a pensar:
Uau, quantas histórias de amor já testemunhei nessa Terra
Uberlândia = Terra Fértil
cidade acolhedora, encantadora,
intrigante, aconchegante,
propulsionadora,

Cidade no triângulo mineiro,
que acolhe muitos brasileiros e também estrangeiros,
é mais fácil encontrar um paulista, um carioca e um goiano
do que um legitimo Uberlandense.
Convenhamos que os da terra, muitas vezes são considerados
desconfiados, arraigados,
mas como não ser diante de tanta diversidade.

E foi nessa terra fértil
onde cresci,fiz muitos amigos,me formei,
e optei por ficar e hoje formar minha familia

é  aqui também que vivi a 
História de Eduardo e Mônica!
Lembra a música do Legião Urbana,rs
fiz a minha versão: Eduardo e Samira

Em 2004 começava a minha história de amor. Fazia o último ano da Faculdade de Psicologia na UFU , durante todo o dia e a noite trabalhava em uma central de telemarketing, onde atuava naquela época 5000 pessoas, entre elas muitos jovens em seu primeiro emprego. Eu era um deles. Ganhava pouco, mas me divertia muito. Fiz amigos, ganhei maturidade e conheci o Edu. Naquele momento, Eu com 24 anos, aguardando pela formatura e o Edu com 19 anos, recém terminado o colégio agrícola, estudando para o vestibular e concursos. Menino alegre, sempre com um sorriso no rosto, imagem simples e cativante. Naquele momento nascia uma consideração mútua, era um colega que encontrava em alguns poucos intervalos para o lanche. Mas nada mais. Trocamos telefones, emails e seguimos nossos caminhos.

No inicio de 2005 o Edu arrumara um emprego melhor, saíra de lá. Eu continuei... afinal tinha que me formar e só em dezembro do mesmo ano que acabava minha história como garota telemarketing, rs. Nesse mesmo ano, alguns reencontros, topei com o Edu quando fomos tirar a carteira de motorista, na prova de rua, rs, para nossa tristeza naquele momento ambos fomos reprovados. Nos encontramos também no terminal de ônibus da cidade, por várias vezes. E nada além. 

Até que um dia, muito tempo sem nos ver,  muitas coisas aconteceram. E e no ano de 2006:  eu psicóloga começando a atuar no mercado de trabalho, ele funcionário público da Universidade Federal de Uberlândia,  o vejo no MSN com a seguinte frase: "I still haven't found what i'm looking for ", música do U2 que eu adoro. E naquele momento, mais afinidades foram surgindo, pois até então: Não tínhamos encontrado o estávamos procurando. E foi assim que tudo começou: conversas a fio no msn, idas ao cinema e muita troca. No inicio um grande desafio, aceitar a diferença de idade, de realidade. Mas com o tempo, o incentivo da amiga de adolescência, Teresa e da minha irmã mais nova: Priscila, que falavam sempre: "Dê uma chance ao coração ", junto  com a vontade que tudo desse certo, eu ficava com as palavras de Renato Russo ecoando na minha cabeça:
" E quem um dia irá dizer, que não existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer, que não existe razão?"

Posso dizer com toda certeza, que a minha história de amor, foi uma mudança de paradigma para mim. Aos poucos fui aprendendo que algumas convenções sociais não nos levam nada, pelo contrário nos faz perder tempo, sofrer e perder oportunidades. De lá para cá, cresci muito. Foram  2 anos de namoro, 1 anos de noivado e no momento 1 ano e meio de casamento.  para mim,  o amor maduro é algo escolhido, construído. Nesse tempo de convivência, tivemos que nos adaptar, aprender um com o outro, estabelecer nossos pilares da relação. E tem sido cada dia muito bom, de crescimento, aprendizagem, de desafios e também de muitos momentos felizes!!! 


Deixo algumas postagens que fiz no blog do meu casamento:http://casamentoeduardoesamira.blogspot.com, o qual foi muito divertido fazer naquele período de tensão pré festa!



NOSSAS DATAS COMEMORATIVAS:
Inicio de Namoro: 07 de Setembro de 2006
Noivado: 12 de Junho de 2008
Casamento Civil: 10 de Outubro de 2009
Casamento Religioso e Recepção: 10 de Outubro de 2009


Ele: Eduardo Isaac Rodrigues.
Aniversário: 01 de Março
Cidade Natal: Goiatuba - G.O
Signo: Peixes
Atividade: Funcionário Público
O Edu: É comunicativo, de bem com a vida,dinâmico, sempre preocupado em fazer bem ao próximo, voltado ao místico, a música, natureza e esporte. 




Ela: Samira Sampaio Silva
Aniversário: 05 de Maio
Cidade Natal: Cosmopólis- S.P
Signo: Touro
Atividade:Psicóloga
A Samis: É mais reservada, postura serena, esforçada, voltada às questões relacionadas a psiquê humana e persistente naquilo que se propõe.




                                              O Casamento


A Lua de Mel




terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Blogagem Coletiva: Minha Declaração de Amor



Terça-Feira
Aniversário do Blog :
 A Vida de uma Guerreira  que comemora 01 ano de existência,
 e a Nilce nos proporcionou a oportunidade de fazer Uma Declaração de Amor!

Sou uma pessoa de sorte,
tenho muitas declarações de amor a fazer:
Para minha mãezinha querida
 que com seu amor incondicional sempre me apoiou, torceu, 
incentivou e lutou por mim;
Para meu esposo que é meu parceirão, 
me motiva, anima, dá força, conselhos,me ensina dia a dia 
e junto a mim luta por crescimento e amadurecimento;
Para minha amada irmãnzinha
que está sempre ao meu lado, me ajuda, me critica,
 abre mão de si muitas vezes por mim
que me consola, me joga para cima
que me faz cia...
Enfim

Mas hoje vou fazer a minha declaração de amor
a Vida!!!
A cada dia que passa apesar das dificuldades,
dos desafios diários
tenho aprendido um pouquinho
e vejo a grandeza desse planeta,
dos seres vivos
como é tudo grandioso
por vezes fico olhando para o céu e contemplando
as aves, as estrelas, o sol, as nuvens e o imenso azul
as flores: quantas variedades
cada uma mais linda que a outra
sem falar do mar, 
como adoro contemplar o mar,
junto as serras, a vegetação, a brisa....

Na minha rotina de trabalho
vejo muitas pessoas perderem toda
a esperança e a vontade de viver
e algumas até chegam a colocar fim a própria vida
com nosso livre-arbítrio
podemos optar qual caminho a seguir
já tive muita dificuldade para ver o todo
me fechava em detalhes
sofria por detalhes,
mas vejo que isso não nos leva a nada
Claro que às vezes ainda me pego nessas
armadilhas mentais

Mas estamos aqui não é para isso:
aprender, trabalhar, crescer...

e por isso compreendendo um pouquinho
dessa magnitude Universal
tenho me apaixonado por essa maravilhosa
oportunidade que me foi dada
de VIVER
rodeada de uma familia que amo,
com a oportunidade de ter formado psicóloga
e na realização profissional,
de ter conhecido e conviver com pessoas maravilhosas,
por ter uma marido amável e companheiro
por ter minha casa e o que necessito para minha sobrevivência

e dessa forma só tenho a agradecer
e declarar meu amor
a VIDA!!!



Fico com uma música que resume um pouquinho do que sinto:

Deixa a Vida me Levar
zeca pagodinho

Eu já passei, Por quase tudo nessa vida
Em matéria de guarida
Espero ainda a minha vez
Confesso que sou, De origem pobre
Mas meu coração é nobre
Foi assim que Deus me fez...
E deixa a vida me levar, (Vida leva eu!)
Deixa a vida me levar, (Vida leva eu!)
Deixa a vida me levar,(Vida leva eu!)
Sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu...
Só posso levantar  as mãos pro céu
Agradecer e ser fiel ao destino que Deus me deu
Se não tenho tudo que preciso
Com o que tenho, vivo
De mansinho lá vou eu...
Se a coisa não sai ,do jeito que eu quero
Também não me desespero
O negócio é deixar rolar
E aos trancos e barrancos
Lá vou eu!
E sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu...
Deixa a vida me levar, (Vida leva eu!)
Deixa a vida me levar, (Vida leva eu!)
Deixa a vida me levar, (Vida leva eu!)
Sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu...
Eu já passei por quase tudo nessa vida
Em matéria de guarida,
Espero ainda a minha vez
Confesso que sou de origem pobre
Mas meu coração é nobre
Foi assim que Deus me fez...
Deixa a vida me levar ,(Vida leva eu!)
Deixa a vida me levar ,(Vida leva eu!)
Deixa a vida me levar, (Vida leva eu!)
Sou feliz e agradeço
Por tudo que Deus me deu...

domingo, 16 de janeiro de 2011

"A Impontualidade do Amor"


O que está acontecendo com o amor ?
Parece que a modernidade tem prejudicado as pessoas se encontrarem
ao mesmo tempo que aproxima também afasta
são tantos meios:
orkut, twitter, facebook, email, msn
mas no final das contas
tá lá...
todo mundo em casa atrás da tela do computador
correndo para dar conta da rotina atribulada em várias tarefas
que nos colocamos e muitas vezes mal damos conta de realizar.

Tenho amigas lindas, divertidas, bem criadas
realizadas profissionalmente,
mas que reclamam da
"Impontualidade do AMOR"
aguardam um companheiro para completá-las
para somar a suas vidas
e olha que no momento tenho algumas amigas assim
nessa situação.
E para elas, deixo a bela reflexão, já bem conhecida de 
Martha Medeiros:

                                          A Impontualidade do amor


                                                             Você está sozinho. 
Você e a torcida do Flamengo.
 Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. 

Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha. 
Triiiiiiiiiiiimmm!  
É sua mãe... 

Quem mais poderia ser? 
Amor nenhum faz chamadas por telepatia. 
Amor não atende com hora marcada. 

Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. 

Por que o amor nunca chega na hora certa? 
Agora, por exemplo... ...
 que você está de banho tomado e camisa jeans. 
Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. 
Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio. 

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. 

Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana.
 Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos Outros, sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio uma locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. 

O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. 
O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. 

Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. 

Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. 

O amor está em todos os lugares, você que não procura direito. 
A primeira lição está dada: ...
 o amor é onipresente. 

Agora a segunda: ... 
mas é imprevisível.

 Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados.
 O amor odeia clichês. 

Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde... depois de uma discussão e... as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. ... 

Idealizar é sofrer ! 
Amar é surpreender ! 


(Martha Medeiros) 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Acolher: Um ato de AMOR



Blog Acolher com Amor completa um ano
e a Teresa  propôs  uma Blogagem coletiva
Acolher: Um ato de Amor e a oportunidade para refletir
sobre um ato tão singelo e tão bonito: O Acolher

Entendo por acolhimento um momento de receber a outra pessoa
ouvi-la, e mostrar que foi compreendida
é reconhecer as necessidades do outro
é oferecer um gesto amigável, é mostrar empatia
é ter altruísmo , e doar um sorriso,
um boa dia, boa tarde ou boa noite sincero

Percebo que as pessoas tem certa dificuldade em acolher
seja pela tal correria do dia a dia, por acreditar que o outro quer demais
por não saber em quem acreditar, por ter uma grande necessidade de falar e
dificuldade para ouvir.

Contudo, quando acolhemos alguém
também acabamos acolhidos,pois quando o outro sente que foi compreendido
ele lança tudo de bom que sentiu/recebeu de volta, 
e entramos em estado de comunhão de sentimentos:
Bem estar, alegria, simpatia,gratidão...

Na rotina diária do meu trabalho tenho como atividade proposta para a população
os chamados ACOLHIMENTOS,ufa, e passa gente nesses acolhimentos
tantas demandas, tantas realidades
e muitas vezes saio exausta

Hoje plena quarta feira, dia 12/01/11
vivi mais uma tarde de acolhimentos e quando chego a Unidade para a segunda jornada de trabalho vejo uma montanha de prontuários,
sabia que a tarde prometia abro a porta e vejo um corredor inteiro 
 me aguardando para acolhê-los, pessoas de todas as formas
(algumas impacientes, outras mal-humoradas, calejadas, e outras com o o sorriso aberto)
e no decorrer de 2010 me questionei muito sobre a qualidade 
do meu acolhimento, da minha "escutátoria",
pois muitas vezes cansada sentia que não pude dar o meu melhor
seja pelo tempo , seja pela quantidade de pessoas, 
seja pela disponibilidade interna e desde então, 
quando me via nessas situações das quartas feiras
tomei uma decisão:
Não importa o tempo que tenho a oferecer
 a essa população, mas sim como as receberei 
 e assim toda vez que o corredor está cheio
eu tenho a seguinte conduta: abro a porta e em alto e bom tom
com um sorriso comunico:
" Pessoal, boa tarde. Vou começar o atendimento, tem muita gente mas com calma e  com  a compreensão de todos, cada um vai ter sua necessidade atendida conforme o que estiver ao meu alcance,vou começar pelos mais experientes...vamos lá Dona fulana...!!!

e assim percebi que a angustia da espera diminuia, pois todos que vão entrando já se sentem tranqüilos, por saber que será atendido e ouvido, e naquele tempo oferecido tudo o que for possível será feito.
O interessante é que ouço, após o discurso inicial, rs
"Tudo bem Dra. agente aguarda, a gente tá vendo que tá cheio, mas resolvendo nossos problemas tudo bem"

Hoje, particularmente, foram 23 acolhimentos
e a cada paciente que entrava oferecia meu sorriso
e minha disponibilidade para fazer o que tinha que ser feito de acordo 
com a necessidade de cada um, andei naquela Unidade, que até suei
assim como outros tantos dias, assim como minhas colegas de trabalho

Mas percebo que quando acolho também saio acolhida
recebo um sorriso amigo, um elogio, o retorno que estão rezando por mim, 
presentinhos, o desejo de saúde para mim e toda a familia
que soma ao salário e dá força para continuar a jornada
cansativa e gratificante que a Saúde Pública oferece
que exige e contempla,
tarefa simples e complexa
que nos gera uma ambiguidade de sentimentos
Que nem sempre são flores,
mas que dá a oportunidade de  trabalhar muito
crescer e evoluir tanto como profissional quanto pessoa.

E com minha experiência cotidiana
da rotina de trabalho
ilustro o tema proposto

e deixo um texto que me faz refletir 
que já até postei aqui
sobre a arte de ouvir e acolher:


ESCUTATÓRIA
(Rubens Alves)
Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.Todo mundo quer aprender a falar… Ninguém quer aprender a ouvir.Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil.Diz Alberto Caeiro que… Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.É preciso também não ter filosofia nenhuma.Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro:Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito.É preciso também que haja silêncio dentro da alma.Daí a dificuldade: A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor…Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração…

E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.No fundo, somos os mais bonitos…

Pensamentos que ele julgava essenciais.São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.Se eu falar logo a seguir… São duas as possibilidades.

Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.Na verdade, não ouvi o que você falou.Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.Falo como se você não tivesse falado.

Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo.É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.

Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.E, assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.

Eu comecei a ouvir.Fernando Pessoa conhecia a experiência…E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras… No lugar onde não há palavras.A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.No fundo do mar – quem faz mergulho sabe – a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos.Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia…Que de tão linda nos faz chorar.Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio.

Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.
Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.




domingo, 9 de janeiro de 2011

Para que serve a Vida a dois?



Domingão sozinha em casa, enquanto maridão viaja aproveitando os 15 dias de férias que tirou para descansar e assim começar o ano que promete, reservando os outros 15 dias restantes para quando eu conseguir tirar as minhas tão desejadas férias.E isso nos fez amadurecer o pensamento que viver junto é bom, ficar junto é melhor ainda, mas que precisamos ter nossa liberdade e individualidade. Cada um precisa do seu espaço, para cultivar o que lhe é importante. E navegando pela net achei esse texto e adorei ver em palavras tão simples a definição da convivência a dois, e me fez ver que estamos no caminho certo: respeitando nossas diferenças, abrindo espaço para nossas individualidades, mas lapidando a arte da convivência desde as pequenas demonstração de atenção na convivência diária, passando pelas diferenças de prioridade a cada gênero (homens x mulheres) associadas as demonstrações de amor e carinho necessárias para cultivar a relação. Segue o texto:


Para que serve uma VIDA A DOIS? 

Drauzio Varela 


Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação?

"Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil" 

vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido. Algumas pessoas mantém relações  para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a sí mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão,por dinheiro ou por preguiça.

Todos fadados à frustração. Uma armadilha. Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou  para cair no sono logo após o jantar, pregado.

Uma relação tem que servir para você ter com quem ir  ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.

Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo. 

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto,e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.

Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.