domingo, 8 de agosto de 2010

É tempo de SER



Já algum tempo tenho procurado fazer uma faxina interna, mudando velhos hábitos e adquirindo novas posturas e conceitos.Como uma pessoa em aprendizado muitas vezes consigo, outras ainda não. Esse movimento ganhou força após o casamento, pois tenho uma base sólida que me ajuda a caminhar e ter a paz necessária para essa viagem interna.

Posso dizer com toda sinceridade que sempre fui uma pessoa, de certa forma apegada ao material, não no sentido de ambição, riqueza, dinheiro, contudo em muitos momentos como boa taurina que sou, valorizei mais o verbo Ter e hoje posso dizer que procuro priorizar o Verbo Ser.

Mudar não é um movimento fácil, exige querer e colocar em prática a todo momento um pouquinho do que estamos buscando. Sei que o caminho é longo, que ainda sou muito imperfeita e que tenho muito a aprender, mas de todo coração tenho buscado cada dia mais um pouquinho essa revolução interna, pois sei que se faz necessária para um mundo melhor e começa por cada um de nós.

E nesse momento de busca, reencontrei uma pessoa que foi muito importante em minha vida, um pedagogo que fazia parte de um local religioso onde freqüentei durante minha adolescência e que me ensinou lições de vida tão dignas que levo comigo por onde quer que eu vá . Ontem em um momento junto a essa pessoa tão querida , lembramos de um coral de jovens, o qual fiz parte por um breve período e hoje vendo tv desfrutei de uma bela apresentação de uma das músicas mais singelas que esse coral contava, e recordando essa fase tão gostosa de minha vida venho compartilhar da bela música de Milton Nascimento, que vem falar exatamente isso que venho buscando a valorização das pequenas coisas da vida:

Bola de Meia,Bola de Gude

Milton Nascimento
Há um menino, Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão
Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão
E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir

Amizade, palavra, respeito

Caráter, bondade alegria e amor
Pois não posso,Não devo,Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal
Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
Há um menino,Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão

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