sábado, 23 de janeiro de 2010

Doidas e Santas

E viva a Internet,
Muitas vezes me pego pensando o que seria de nós sem a tecnologia?
Ontem vendo a Reportagem do Globo Repo
rter sobre os Ribeirinhos da Amazônia,
me questionava, como é possível viver sem a tecnologia???


Me desculpem os nativos, mas para mim a Cidade/Urbanismo e afins...é fundamental...rs

Ah Claro...
sem a tecnologia
passaríamos mais tempo com a família
buscaríamos mais a Natureza
Compraríamos mais livros faríamos mais exercícios....
ah...mas...convenhamos

Navegar buscar sonhar tudo é possível graças a Rede On Line

E faça bem ou faça mal
(claro usando com moderação...moderação palavra chave de TUDO o que nos cerca para o tão desejado equilibrio)
Eu adoro navegar...

Leio emails, mando emails
resolvo problemas, adianto situações, adio situações
"revejo" gente que a "séculos" não via
sei quem tá namorando com quem que terminou com quem, rs

e nas fotos " participo" de formaturas, casamentos, festas de aniversário, natal e reveillon...
graças aos blogs, orkut e afins...

E nessa nova onda de navegação podemos :
aprender,
conhecer,
enriquecer...


E nesses momentos de busca, procuro por Carlos Drummond, Fernando Pessoa, Bial, Paulo Coelho, Lispector, Mario Quintana e outros tantos e assim pude conhecer artigos de uma escritora com a qual me identifico:
com a fácil leitura,
exposição das angústias,
universo feminino
devaneios...

e hoje abro espaço para essa grande mulher a qua
l venho conhecendo um pouquinho mais a cada dia, graças a Internet, rs

Martha Medeiros

É gaúcha de Porto Alegre, onde reside desde que nasceu. Fez sua carreira profissional na área de Propaganda e Publicidade, tenho trabalhado como redatora e diretora de criação em vária agências daquela cidade. Em 1993, a literatura fez com que a autora, que nessa ocasião já tinha publicado três livros, deixasse de lado essa carreira e se mudasse para Santiago do Chile, onde ficou por oito meses apenas escrevendo poesia.
De volta ao Brasil, começou a colaborar com crônicas para o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, onde até hoje mantém coluna no caderno ZH Donna, que circula aos domingos, e outra — às quartas-feiras — no Segundo Caderno. Escreve, também, uma coluna semanal para o sítio Almas Gêmeas e colabora com a revista Época.
Seu primeiro livro, Strip-Tease (1985), Editora
Brasiliense - São Paulo, foi o primeiro de seus trabalhos publicados. Seguiram-se Meia noite e um quarto (1987), Persona non grata (1991), De cara lavada (1995), Poesia Reunida (1998), Geração Bivolt (1995), Topless (1997) e Santiago do Chile (1996). Seu livro de crônicas Trem-Bala (1999), já na 9a. edição, foi adaptado com sucesso para o teatro, sob direção de Irene Brietzke. A autora é casada e tem duas filhas.
SEGUE TEXTO TÍTULO DE UM LIVRO
Doidas e Santas


Toda mulher é doida.
Impossível não ser.

A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar o nosso poder de sedução para encontrar the big one, aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais.

Uma tarefa que dá prá ocupar uma vida, não é mesmo?

Mas além disso, temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir de vez em quando que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar loura e cafetina, ou sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha.
Eu só conheço mulher louca.
Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascina a todos.
Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota.
Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só se for louca de pedra.
Martha Medeiros

"Ser feliz de uma forma realista
é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas,
trabalhar sem almejar o estrelato,
amar sem almejar o eterno."


"Incertos são nossos amores, e por isso é tão importante sentir-se bem mesmo estando só."


Um comentário:

E.I.R. disse...

Nossa morzim, reflexão legal..

sobre os pontos do universo feminino nem ouso comentar.. hehehhehehe

quanto a tecnologia, fiquei pensando, eu seria muito infeliz sem todo esse aparato tecnológico pois não teria me aproximado de vc!

então, viva a tecnologia!!!!!

bjosss